quarta-feira, 26 de maio de 2010

CRIANÇA QUE FICA EM CRECHE SE TORNARÁ EGOÍSTA

TERAPEUTA INGLESA LANÇA LIVRO QUE FALA DA AUSÊNCIA DOS PAIS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS E COMO ISSO CONTRIBUI PARA QUE OS PEQUENOS CRESÇAM EMOCIONALMENTE INSEGUROS

O novo livro da psicoterapeuta inglesa Sue Gerhardt, "The Selfish Society – How we all forgot to love one another and made money instead" (A Sociedade Egoísta – Como nós esquecemos de amar uns aos outros e ao invés disso nos preocupamos em fazer dinheiro), traz uma polêmica: crianças que passam longas horas em creches que não têm profissionais preparados tendem a se tornar mais egoístas, agressivas e prepotentes. A autora fala também das consequências de uma sociedade capitalista, em que os pais têm cada vez menos tempo de oferecer cuidados e afeto de qualidade para os filhos, por conta do excesso de trabalho.

Em entrevista feita pelo jornal Folha de S. Paulo, publicada essa semana, a psicoterapeuta afirma que “carinho e atenção nessa fase são essenciais para que o cérebro do bebê libere dopamina, substância que lhe permitirá desenvolver a consciência emocional.”. Segundo ela, enquanto mulheres têm de deixar seus bebês em creche para trabalhar, as crianças não estão recebendo o devido cuidado que os pais devem propiciar. Esse ponto explicado no livro é muito delicado, considerando que ao mesmo tempo em que a autora afirma que são criados “buracos negros emocionais” nas crianças, acrescenta que os pais não devem se sentir culpados. A solução deveria vir do governo, em forma de salários-maternidade até a criança completar dois anos. Assim as mães poderiam se dedicar em tempo integral à criação e o desenvolvimento dos laços emocionais com o filho.

Embora essa solução ainda esteja longe de ser parte da realidade em nossa sociedade e grande parte das famílias não podem abrir mão de seus empregos para ficar com os filhos, na entrevista Sue Gerhardt diz que a saída é a qualidade do tempo que se passa junto: “Se uma criança tem pais sensíveis, capazes de prestar atenção nela no final do dia e nos fins de semana, há todas as chances de ela ser emocionalmente segura”. Na mesma entrevista, Sue cita Jay Belsky, PhD em psicologia; segundo Jay a dica é deixar as crianças com pessoas de confiança, que tenham sensibilidade o bastante para auxiliar nos cuidados necessários do dia-a-dia. Vale deixar com uma avó, procurar uma babá que se dê bem com seu filho e em caso de creches ou berçários, analisar bem antes de tomar uma decisão final.

FONTE: Revista Pais & Filhos

Bjks, inté

Danimi

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